Opções de privacidade

Hipóteses de Tratamento de Dados na LGPD: Como Escolher, Justificar e Registrar Corretamente

Desde sua entrada em vigor, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige das organizações não apenas transparência no uso de dados pessoais, mas também a demonstração clara e fundamentada da legalidade de cada operação de tratamento. Isso se dá por meio da escolha da base legal, também chamada de hipótese de tratamento.

Saber identificar corretamente a base legal aplicável a cada atividade não é apenas uma formalidade — é um dever legal, um instrumento de gestão de riscos e um pilar da governança de dados.

O que são as hipóteses de tratamento?

As hipóteses de tratamento são os fundamentos jurídicos que autorizam o uso de dados pessoais por empresas, órgãos públicos ou qualquer outro controlador. A LGPD, em seus artigos 7º (dados pessoais) e 11 (dados sensíveis), estabelece as bases legais que justificam essas operações.

Exemplos de hipóteses de tratamento previstas no art. 7º:

  • Consentimento do titular;
  • Cumprimento de obrigação legal ou regulatória;
  • Execução de contrato;
  • Exercício regular de direitos em processo judicial, administrativo ou arbitral;
  • Proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
  • Legítimo interesse do controlador ou de terceiro.

No caso de dados sensíveis (como informações sobre saúde, religião ou orientação sexual), as hipóteses são mais restritas e exigem cuidados reforçados (art. 11).

Escolher de forma equivocada a base legal pode comprometer toda a estrutura de proteção de dados da empresa.

Isso pode gerar:

  • Sanções administrativas da ANPD;
  • Ações judiciais por parte dos titulares;
  • Perda de credibilidade com parceiros, clientes e órgãos reguladores;
  • Riscos operacionais e reputacionais.

Além disso, cada base legal impõe obrigações diferentes. Por exemplo, ao usar o consentimento como base, é necessário oferecer mecanismos de revogação e manter prova da manifestação do titular. Já o legítimo interesse exige avaliação prévia de impacto (LIA).

Como aplicar na prática?

A definição da base legal deve ser feita atividade por atividade, no contexto do mapeamento de dados. A equipe responsável — geralmente composta por profissionais de privacidade, jurídico e tecnologia — deve:

  1. Compreender o propósito da atividade;
  2. Avaliar se a finalidade se enquadra em uma das bases legais da LGPD;
  3. Justificar a escolha com clareza, registrando evidências (contratos, normativos, consentimentos etc.);
  4. Documentar e manter atualizada essa informação, para fins de auditoria e transparência.

Exemplos de aplicação

AtividadeBase LegalObservações
Envio de folha de pagamento ao eSocialCumprimento de obrigação legalBase legal obrigatória, dispensa consentimento.
Cadastro de cliente para emissão de nota fiscalCumprimento de obrigação legalTambém dispensa consentimento.
Ações de marketing direcionadoLegítimo interesse ou consentimentoExige LIA ou coleta prévia de consentimento.
Atendimento de plano de saúdeExecução de contrato / Proteção da saúdeRequer cuidado por envolver dados sensíveis.
Monitoramento por câmeras em área restritaLegítimo interesseDeve ser justificado, proporcional e informado.

A responsabilização e prestação de contas (accountability) exigem não apenas que a base legal seja definida, mas que isso esteja documentado, rastreável e validado.

Isso inclui:

  • Inserir a base legal nos relatórios de atividades de tratamento;
  • Associar contratos, políticas, consentimentos e avaliações de risco;
  • Atualizar os registros em caso de mudança na atividade, sistema ou contexto legal.

Essa prática é crucial para gerar evidências de conformidade, especialmente em fiscalizações da ANPD ou auditorias internas.

Como lançar bases legais no PROTEGON

Para apoiar esse processo, o PROTEGON oferece uma interface intuitiva e segura para registro das bases legais associadas a cada atividade mapeada. O sistema permite:

  • Selecionar a atividade ou processo;
  • Escolher a base legal mais apropriada;
  • Justificar a escolha com comentários e anexos;
  • Criar um repositório de evidências para auditorias;
  • Visualizar relatórios consolidados por setor, base legal ou risco.

Ao utilizar o PROTEGON, sua organização terá controle, organização e conformidade em tempo real, além de facilitar a comunicação com o Encarregado de Dados (DPO), jurídico e setores operacionais.

As hipóteses de tratamento da LGPD são muito mais do que um requisito normativo: são o alicerce sobre o qual se constrói a legalidade, a segurança e a confiança no tratamento de dados. Definir mal é um risco; justificar corretamente é uma proteção.

Se você quer tornar sua gestão de dados mais eficiente, segura e preparada para responder a qualquer fiscalização, conheça o PROTEGON. Veja como registrar, controlar e revisar suas bases legais de forma prática, inteligente e assertiva.

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